sexta-feira, 11 de novembro de 2011

(Des)Emprego II

        Continua a saga dos ordenados dos gestores públicos, sobre os quais lancei o post "(Des)Emprego" no passado dia 4 de Novembro. As notícias do dia 9 de Novembro anunciam a limitação dos ordenados do gestores públicos ao ordenado do 1º Ministro. Numa época de sacrifícios (que deviam ser para todos) é uma medida que parece ser no mínimo justa... Mas (parece haver sempre um "mas") ... lá vêm as exceções: "O secretário de Estado apontou a Caixa Geral de Depósitos e a TAP como exemplos de empresas cujos gestores poderão ter remunerações superiores à do primeiro-ministro" - jornal Expresso de 09-11-2011. (Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/gestores-publicos-nao-podem-ganhar-mais-do-que-o-pm=f686557#ixzz1dNcwp0Iv ). Voltamos aos ordenados chorudos (pagos por todos nós), sempre dos mesmos... Será Verdade?
        Depois... alguém afirma que a idoneidade e a competência de uma pessoa é diretamente proporcional ao seu ordenado! Concordo que há cargos que exigem uma grande responsabilidade e deverão corresponder a um maior ordenado, mas... existe algum cargo de gestão que implique mais responsabilidade do que governar o país? No caso do gestor da TAP, serão os mais de 400 000 euros mensais de ordenado (ainda não acredito que seja possível), que tornaram a NOSSA companhia áerea num exemplo de gestão e de prosperidade?
Ficam aqui algumas afirmações do presidente do Grupo Jerónimo Martins ao jornal SOL de 09/11/2011:
 - "estabelecer tectos salariais aos gestores públicos é «pedir aos incompetentes para ocuparem os cargos», considerando ser «um convite à mediocridade»".;
- «Um presidente da Caixa Geral de Depósitos a ganhar cinco mil euros é um convite à mediocridade e um convite a outros esquemas que existem em Portugal há muitos anos»;

- «uma política de motivação, em que as pessoas são remuneradas de acordo com a performance que é exigida» é «convidar os incompetentes a irem para lá». (Ler mais: http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=33231).
        Estas palavras ... não ofenderão qualquer cidadão comum e todos aqueles que lutam, dando o seu melhor no seu emprego, para trazer umas migalhas (aqueles que ainda o vão conseguindo) para alimentar a família e manterem-se à tona de água?

2 comentários:

  1. Pois é meu amigo.
    O problema é que foram essas pessoas tão competentes e tão bem remuneradas que levaram à falência as empresas publicas e o estado. Ganham tão bem pela sua competência... Então venham os incompetentes a ganhar menos sempre se pode, eventualmente, poupar uns trocos... e se esses incompetentes forem honestos então melhor, é que a competência dos nossos gestores é tanta que ganham os chorudos ordenados e ainda fazem as "falcatruas" habituais.

    Contudo, acho que o mérito deve ser atribuído a quem o ^tem. Assim, não me choca que eles ganhem bem consoante os resultados apresentados. Para mim a medida é:
    cada gestor ganha 4000 euros/mês, em 14 meses, 12 em tempos de crise, sobre o lucro que a sua gestão deu ao nosso estado ganha 5% (como motivação) não podendo exceder os 100.000euros/ano, sendo que se der prejuízo é suspenso até se apurar as razões danosas da gestão. Se o prejuízo era inevitável e se mesmo assim se acha que o gestor é competente mantem-se, se o prejuízo advêm da sua falta de competência é demitido e responsabilizado.

    Abraço
    Mário

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