domingo, 28 de outubro de 2012

Mudança... A Coragem de Um País, no Coração de Um Político



        Anestesiados pelos fundos da União Europeia, fomos destruindo tudo o que era Nosso... Fomos destruindo os nossos recursos (parece uma espécie de armadilha em que caímos)... Um país que os nossos avós ergueram, está a desmuronar-se... Ainda nos sobram umas ovelhas... Ainda nos resta muito mar... Acordemos enquanto é tempo! Ouçamos a letra do Hino Nacional!
        Haverá alguém por aí com vontade e coração para comandar a coragem de um Povo?

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

9 710 539 940,09 €uros

        Um pequeno exemplo dos "n-liões" de euros saqueados dos bolsos de todos nós... "The party goes on"...!
       Será possível o Ser Humano viver numa Democracia? A Democracia, tal como uma determinada Religião, aos poucos vai perdendo crentes e praticantes, pois o Ser Humano utiliza-as como instrumentos para construir capas que eclipsam seu coração. Quem ainda acredita... nunca deverá deixar de acreditar e de viver com base nas suas essências, nos seus fundamentos e nos seus princípios.
        Ainda sobre a Religião, para aqueles que têm o coração aberto aos bons ensinamentos de qualquer credo ou verdadeira religião (todas defendem os mesmos valores/não falo de seitas), relembro os "7 pecados mortais" que estão na origem da crise económica, social e de valores em que vivemos. Infelizmente, existem dois tipos de fanatismos... o Religioso, que leva as pessoas a cometer barbaridades, promovendo o descrédito e levando as pessoas a esquecer a essência... e o anti-religioso (provavelmente devido ao 1º fanatismo), que visa destrtuir e profanar tudo o que é religioso, acabando por destruir e apagar da memória ("delete") a sua verdadeira essência. Há 50 anos atrás todos conheciam decor e salteado os "7 pecados mortais"... hoje poucos se lembram deles, mas todos nós os praticamos com uma enorme frequência!!! Quem está limpinho? Ninguém estará certamente, mas há quem faça deles a sua Religião, ou melhor... a sua Seita!
 
Avareza
"Demasiada ambição e apego ao dinheiro, desejo insaciável de adquirir bens materiais e enriquecer e desconfiança de outras pessoas".
Ira
"Quando se tem raiva de outra pessoa, uma pessoa agressiva ou sede de vingança."
Gula "É a vontade insaciável de comer para além do necessário, comer só pelo prazer."
Luxúria "Desejo e fixação pelos prazeres carnais, à sensualidade e sexualidade."
Soberba "Conhecida também por orgulho, querer ser e mostrar que é melhor do que os outros, falta de humildade e arrogância."
Preguiça
"Aversão ao trabalho ou prática de outras actividades físicas e mentais."
Vaidade "Demasiada ambição pela perfeição do aspecto físico, beleza, para impressionar os outros."
 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Hehaka Sapa

        Hoje termino uma série de cinco textos de índios americanos que nos ensinam a encarar a vida, a partir do que vem do coração e em comunhão com toda a natureza. São das leituras mais puras que leio, e o que mais admiro é que, independentemente da tribo ou da origem da mesma, existe uma coerência total entre aquilo em que acreditam e as suas ações ao longo da sua história... Tudo sem livros, sem leis escritas em papel... No nosso mundo dito civilizado, dificilmente encontramos duas pessoas, mesmos que vizinhos ou familiares que comunguem de tamanha coerência. Leis e mais leis... e num tribunal podem estar dois advogados a defender interpretações diferentes da mesma lei... Religiões e mais religiões, e poderão estar dois vizinhos de costas voltadas ... porque vêem um mesmo Deus de formas diferentes...
        Tudo se resume à Nossa Essência, a essência Humana, pois tudo lá está escrito, algures no miocárdio!
        Este último texto é extraordinário, pelo que representa para mim e pelas memórias que me desperta sobre as muitas conversas que meu pai teve comigo ao longo da minha infância e juventude. Ensinou-me que na vida tudo vai, mas tudo volta. Se hoje estamos bem da vida, nunca desprezar os que não estão e devemos dar-lhes a mão. Mais cedo ou mais tarde, se não formos nós a passar por dificuldades, um dos nossos descendentes (a nossa eternidade) passarão por elas. Tudo é um círculo... A vida é um círculo... provado pela lei de Lavoisier: "Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Tem tudo a ver com o número de sóis que nascem e que se põem ... O relógio não para...
 
        "Certamente já repararam que todas as coisas feitas por um índio são em forma de círculo.
        Os nossos tipis eram redondos como os ninhos dos pássaros e sempre dispostos em círculo. Assim era feito porque o poder do Universo age segundo círculos e todas as coisas tendem a ser redondas. Nos tempos antigos, quando éramos um povo forte e feliz, todo o nosso poder vinha do círculo sagrado da nação, e de tal forma que ele não foi quebrado.
        Tudo o que constitui o poder do Universo faz-se num círculo. o céu é redondo e também já ouvi dizer que a terra é redonda como uma bala e todas as estrelas também o são. Os pássaros fazem o seu ninho em círculo porque têm a mesma religião que nós. O sol eleva-se e põe-se num círculo, a lua faz o mesmo, e ambos são redondos.
        Mesmo as estações formam um grande círculo nas suas mudanças e voltam sempre aonde estavam. A vida do homem também se faz em círculo, desde a infância até à infância, e assim é para todas as coisas onde a energia se move."
 
        "A primeira Paz é a mais importante. É a que vem dentro das almas das pessoas quando estas se apercebem do seu relacionamento, da sua unidade com o universo e todos os seus poderes. É quando elas se apercebem que no centro do universo habita o Grande Espírito, e que este centro está realmente em toda parte... está dentro de cada um de nós. "

                                                                      Hehaka Sapa (Black Elk), índio Oglala

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Standing Bear

        "O velho Lakota estava preenchido com compaixão e amor pela natureza, e este vínculo aumentava com a idade. (...) É por isso que os velhos índios se enraizavam profundamente na terra, para não permanecerem separados das forças da vida. Sentar-se ou deitar-se sobre ela, permitia-lhes pensar profundamente e sentir a terra de uma forma mais vivificante. Observavam com uma maior clareza os mistérios da vida e sentiam-se mais próximos de todas as forças vivas que os rodeavam.
        O velho Lakota era um sábio. Também sabia que o coração do Homem afastado da natureza se torna áspero. Sabia ainda que o nosso esquecimento do respeito face a tudo com que se relaciona, a tudo o que brota da natureza e a tudo o que vive, leva igualmente a não respeitarmos o homem.
        Ao seu estilo e com a sua arte, ele procurava manter os mais novos sob a doce influência da natureza."
             
                                          Standing Bear, Chefe Lakota

Continuação de: http://serounaoserverdade.blogspot.pt/2012/10/tatanka-yotanka.html

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pachgantschilhilas

        "Os homens brancos anunciavam bem alto que as suas leis eram feitas para todos, mas tornou-se rapidamente claro que, no momento em que as adoptássemos, não se importariam nada em quebrá-las.
        Os seus sábios aconselhavam-nos a adotar a sua religião, mas depressa descobrimos que existiam várias interpretações da mesma religião. Não conseguíamos compreendê-las, e dois homens brancos raramente estavam de acordo sobre qual se devia seguir. Isso aborrecia-nos muito até ao dia em que compreendemos que o homem branco não levava mais a sério a sua religião do que as suas leis. Eles mantinham-nas ao alcance da sua mão, como instrumentos, para os utilizar a seu bel-prazer nas relações com os povos estrangeiros."
 
                                                                        Pachgantschihilas, Chefe dos Delawares

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Tatanga Mani

        "Fui à escola dos homens brancos. Aprendi a ler os seus livros, os jornais e a bíblia. Mas descobri ainda a tempo que isso não era suficiente. Os povos civilizados dependem demasiado da página impressa.
        Virei-me para o livro do Grande Espírito que é o conjunto da sua criação. Podem ler uma grande parte deste livro estudando a natureza.
        Se pegassem em todos os livros e os estendessem debaixo do sol, e deixassem durante algum tempo a chuva, a neve e os insetos cumprirem a sua obra, nada deles restaria. Mas o Grande Espírito deu-nos a possibilidade, a vocês e a mim, de estudar na Universidade da Natureza das florestas, dos rios, das montanhas e dos animais que fazem parte."

 Tatanga Mani (Walking Buffalo), Índio Stoney


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domingo, 21 de outubro de 2012

Tatanka Yotanka

       Nascido em Terras do Tio Sam, desde muito pequenino que os Índios Americanos e a sua Sabedoria me fascinam. Muitos Chefes Índios tornaram-se, numa primeira fase, nos meus ídolos. Aprendi a duvidar dos filmes de "cowboys", que pretendiam alimentar a opinião pública americana, baseando-se no patriotismo e dando a ideia de que os "Yankees" eram os bons da fita e o Índios uma "raça" assassina! Quando via um filme de cowboys, lá naquela sala do 1º andar da 2 Ritters Lane, Yonkers, Nova Iorque, ainda no colo de meu pai, apesar de ele apreciar estes filmes, sempre me contou histórias a favor dos Índios e exemplificava com a hipótese de alguém entrar em nossa casa, e ficar com ela! De ídolos durante a minha infância e adolescência, os Chefes Índios passaram ao meu curto rol de Mestres, à medida que fui colecionando primaveras. Muitos dos seus valores foram me ensinados pelos meus queridos pais.
        Hoje inicio, neste meu pedacinho de mundo, a publicação de uma série de pequenos textos de Chefes Índios, tão atuais como proféticos, onde a ganância da Espécie Humana e a construção de uma imagem, tendo por base o "intelecto, o científico e o tecnológico", tornou esta espécie na maior assassina e menos respeitadora pela Mãe Natureza, à face do Nosso Querido Planeta Terra. Cada uma das palavras invade-nos o coração, sobretudo àqueles que lutam por saborear a vida, respeitando o ser humano e toda a natureza na sua plenitude. É enorme a coincidência com a nossa realidade. "Enquanto não diminuirmos a nossa ênfase sobre o intelecto, o científico e o tecnológico, e dermos um lugar maior à intuição, que permitiu, durante tantos séculos, ao homem primitivo, incluindo o índio americano, viver em harmonia com o seu mundo, estaremos condenados como cultura" - Carl Rogers, in O Poder Pessoal.
        
        "Olhem, meus irmãos, a primavera chegou, a terra recebeu os beijos do sol e cedo veremos os frutos desse amor. Cada semente despertou, e da mesma forma, todos os animais estão cheios de vida.
        É a este poder misterioso que devemos, também nós, a nossa existência. É por isso que concedemos aos nossos vizinhos, mesmo aos nossos vizinhos animais, o mesmo direito a habitar esta terra que nós.
        No entanto, escutem-me, meus irmãos, devemos agora contar com uma uma outra raça, que era pequena e fraca quando os nossos pais a encontraram pela primeira vez, mas que hoje se tornou tirânica. Muito estranhamente, têm no seu espírito a vontade de cultivar o solo, e o amor de possuir é neles uma doença. Esse povo fez leis que os ricos podem quebrar mas os pobres não. Eles fixam taxas aos pobres e fracos para manter os ricos que governam. Eles reivindicam-nos a nossa mãe, a terra, apenas para si e entrincheirarem-se contra os seus vizinhos. Desfiguram a terra com as suas construções e os seus entulhos.
        Esta nação é como a torrente de neve derretida que, quando sai do seu leito, destrói tudo à sua passagem."
                                                            Tatanka Yotanka (Sitting Bull), grande Chefe Sioux


sábado, 20 de outubro de 2012

Porque em Portugal já não há milagres?

        "O Milagre Islandês"...
 
        Em Portugal um banco faliu... O círculo político/económico encheu os bolsos... Uns emigraram, outros continuam no ativo em Portugal... Apenas o Elo mais fraco foi julgado ("bode expiatório")... O povo português pagou milhares de milhões para que os saqueadores pudessem ficar com o desfalque... alguém chamou "tapar o buraco"...
        Como este banco, têm sido milhões de exemplos de gestão danosa, sempre em prol do enriquecimento de alguns... Tudo silencioso, tudo com uma normalidade desconcertante... Tudo o povo paga... É por isso que em Portugal já não há milagres...
        Deixo um link para a reportagem da RTP1, "O Milagre Islandês", aquele país frio, isolado do Mundo, com poucos recursos de sobrevivênca e com vulcões a ensombrar os céus... Ali, o POVO disse NÃO!!! 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Little Portugal - SOS Message to The World

        Who knows that small country placed on the southwest tip of Europe? A few centuries ago it turned to be a great Empire, all over the world! Nowadays there´s still enough evidence of that, being the portuguese, the most spoken language on the southern hemisphere. The Portuguese comunity is known, worldwide, as hard workers and self-made men. Unfortunately our homeland politicians have taken all the measures possible, to kill this value...
        Over the last 2 decades, and after the link of Portugal to the European Union, many structural funds rolled in, so that Portugal could invest on creating growth structures. Being a country of great resourses, instead of making profit of it, these funds were used with no control or political planning. There are numberless examples of funds to destroy many of our original products... There are many examples of funds misused. While these funds were wasted, portuguese people lived in the illusion that we were on the good track and Portugal was investing on the well being of its population. Lots of public construction was on its way... The initial budget for each construction was always exceeded (twice, triple and more). Political and Economic powers were mixed up. There was a great group of portuguese that saw its incoming budget rise exponentially, with no work. Lots of foundations, public and "private-public" institutes were created. Jobs for the boys... many boys... The same guys that were governing the country, sooner or later, were on the administration of these enterprises. It turned out to be a closed circle, with the same guys apearing every once in a while as a politician or as a public-private administrator... Portuguese people were living on a snoose... It seemed like we were taking a nap on a pot with warm water, that was at the oven. It felt so good the confort of that tepid water. Unfortunatelly there was the oven heating up. The water sarted boiling... and there´s no way out... if this government and the IMF continues with the same strategy!!! Why... because the Economic and Political circle continues getting weight, destroying the country, destroying that real image that portuguese are hard workers, leading to a new wave of emigration of all the qualified and non-qualified workers!!!
        Portugal became so little... and lost all its sovereignty!!! At this rate will be vaporized in a few years. The Economic/Public Power Circle it´s getting bigger and bigger, richer and richer with milionaire wages. Poor are getting poorer and the middle class is disapearing. I have been a teacher since I was 19 years old (over 20 years). I studied and graduated to be a teacher. When turned 16 years old (1987) I had the chance to work in New York for 4 months. I worked on "Big Apple Beer Distributor", distributting beer in a truck (with a great grey haired Irish Partner called Norton) over many of Manhattan´s restaurants and bars. I had a small wage compared with the U.S. common workers. The truth is that this was 25 years ago... and my monthly paycheck was higher than today. Luckily, in Portugal, I´m considered as earning too much money, so you can imagine all the portuguese that are unemployed or earn beneath the $500 a month. And these are the guys that have to pay to the international creditors, the dept caused by the greed of politician and economic power.
        Here goes 6 of thousands of examples why Portugal is being vaporized (that  has been circulating on the e-mail boxes):
 
"Example 1: - The President receives U.S. $ 400,000.00 per year (291,290.417 Euros);
- The President of TAP (Portuguese Public Airline) received in 2010  624,422.21 Euros;
- The Vice President receives U.S. $ 208,000.00 per year (151,471.017 Euros);
- A Member of the Board of Directors of TAP received 483,568.00 Euros;
- The President of TAP earn per month 55.7 years of average salary for each Portuguese.

Example 2:
- Chancellor Angela Merkel receives about 220,000.00 Euros per year;
- The president of CGD (Portugal´s public bank) received 560,012.80 Euros;
- The Vice-President of CGD received 558,891.00 Euros;
- The president of CGD earn per month 50 years of average salary for each Portuguese.

Example 3:
 - The Prime Minister receives about 100,000.00 Euros per year;
 - The Chairman of the Board of Directors of "Parpública SGPS" (Public-Private Enterprise) received 249,896.78 Euros;
 - The Chairman of the Board of Directors of "Parpública SGPS" earn per month 22.3 years of average salary for each Portuguese.

Example 4:
 - The President of the Republic receives approximately 140,000.00 Euros per year;
 - The Chairman of the Board of Directors ofguas de Portugal" (Portugal Water Management Institute) received 205,814.00 Euros;
 - The Chairman of the Board of Directors ofguas de Portugal" earns per month 18.4 years of average salary for each Portuguese;

Example 5:
 - French President receives approximately 250,000.00 Euros per year;
 - The Chairman of Directors of "CTT - Correios de Portugal, SA" (Portugal Mail) received 336,662.59 Euros;
 - The Chairman of Directors of "CTT Correios de Portugal, SA" wins per month 30 years of average salary for each Portuguese.

Example 6:
 - Prime Minister David Cameron receives about 250,000.00 Euros per year;
 - The Chairman of the Board of Directors of "RTP" (Portugal´s Public Television) received 254,314.00 Euros ..."
 
       This is why Portugal is becoming so little... I just wanted the world to know...
 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Queremos Todos os Políticos Até 2020!

        Perdemos toda a Soberania Nacional e dificilmente a encontraremos nas próximas décadas. O Governo apregoou 2013 como o ano da mudança. Mudança será certamente, para aqueles portugueses que ainda têm umas migalhas e as verão fugir para os Abutres. O Governo faz uma previsão de contração da economia de 0,9% (mais uma previsão irrealista com a atual proposta de Orçamento de Estado). Ultrapassará certamente e em muito os 2%... O FMI, já vem dizer que "não considera necessária uma revisão das previsões de crescimento do PIB"
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012/10/18/fmi-nao-considera-necessaria-uma-revisao-das-previsoes-de-crescimento-do-pib (o que é um sinal inequívoco que caminhamos a passos largos para o abismo), admitindo claramente o fracasso das medidas de austeridade, visando apenas encher os bolsos dos credores internacionais e esfolando o povo português até ao tutano. O Poder Político e Económico (já não digo "os poderes", porque na realidade há uma fusão) em Portugal, continuam a viver com ordenados e mordomias chorudas, tendo criado e alimentado a nossa desgraça. É incrível como o Povo empobrece a cada dia que passa. É incrível como é roubado à descarada... basta como exemplo, os novos escalões de IRS... vejam a percentagem do aumento dos descontos nos último escalão e comparem com os escalões mais baixos!!! Aumentam em muito menor proporção!!!
       Portugal está moribundo, à beira da morte! Está ligado a um ventilador (TROIKA) que, aos poucos, vai adicionando à mistura de gases, um pouco de monóxido de carbono de cada vez. Os Sistemas deste corpo vão cedendo aos poucos. Resta-nos alguns sistemas vitais moribundos. O Reprodutor já há muito que se foi. Deixamos de ter prazer, deixamos de nos enamorar pela vida. Deixamos de conseguir regenerar uma sociedade envelhecida. O Coração bate em bradicardia e deixamos de amar! O sistema excretor está nas últimas, pois resta-nos alguns suores frios e os rins já não conseguem filtrar tanta porcaria que injetaram no nosso corpo. O sistema digestivo passou a ruminante, para reaproveitar todos os nutrientes de cada pequena refeição (quando a temos)! O sistema respiratório lá está ligado ao ventilador assasino!
      Vejo uma forma para começar a cuidar deste corpo moribundo!!! Não foram os portugueses que elegeram todos os seus políticos? Não terão estes políticos se autoproposto para as eleições (ninguém foi obrigado, pois não?)? Não terão esses políticos jurado servir o país na tomada de posse? Chegou a hora de servir efetivamente o País! Como será isso possível no seio de tamanha incompetência? Fica aqui a sugestão:
        - Em primeiro lugar, importa voltar a referir a perda de toda a nossa soberania e independência. Relembro o Artigo 1º da Constituição Portuguesa "Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária." Ferido em todas as vertentes este 1º princípio da Constituição (bem como quase todos os outros), há que restituí-lo. Um dos principais deveres das Forças Armadas é garantir a Soberania Portuguesa. Assim sendo, em colaboração com GNR, PSP, ASAE entre outras autoridades, contolariam e fiscalizariam o seguinte "memorandum":
        - Se a crise e a situação do país é da grande responsabilidade do poder político, então é o poder político que a deve resolver... Não basta haver novas eleições, os responsáveis vão à sua vidinha (preparada e arrumada enquanto governantes) e nunca mais são responsabilizados;
        - Todo e qualquer político no ativo ou pessoa que exercesse cargo de chefia público ou público-privado, ficaria a exercer esse cargo (incluindo todos os deputados), até 2020. Nesse período ficava proibido de emigrar e de fazer qualquer transferência bancária para o estrangeiro (incluindo offshores claro);
        - Para viver com dignidade, ser-lhes-ia atribuído o ordenado mínimo nacional (que segundo os políticos é uma dádiva para muitos), sem quaisquer subsídios ou subvenções, ou qualquer mordomia (incluindo os carros de luxo), exercendo em exclusivo o cargo político;
        - Deixavam de existir os partidos de direita e de esquerda e todos os deputados teriam de trabalhar em conjunto para ultrapassar a crise... O Governo manteria seus ministros, sem a prótese CDS, mas com a colaboração de todos os deputados (Governo de Salvação Nacional), sendo o Governo o maior responsável pela a ação desenvolvida;
        - Por cada ano que não houvesse melhoria, seria reduzido em 10% o ordenado míninmo de todos os políticos e gestores públicos e público-privados;
        - Chegado a 2020, não estando retomada a Soberania Nacional e a crise ultrapassada, seriam presos por gestão danosa dos dinheiros públicos, todos os políticos que tivessem tomado decisões que tivessem lesado o estado ou não tivessem contribuído para o bem comum e para o restabelecimento da Soberania Nacional;
        - A partir de 2020, seria vedado qualquer cargo político, a qualquer pessoa que não tenha tido, no mínimo 20 anos de uma arte ou ofício e as pastas do Governo seriam sempre atribuídos a pessoas com experiência no respetivo ofício. Por exemplo, o Ministério da Agricultura seria Ministrado por um agricultor experimentado, que sabe o que custa o trabalho e o quanto custa tirar uns grãos da terra para o seu sustento.
 
        ... E pouco mais direi ... a não ser deixar mais um artigo da Nossa Constituição: Artº 21 Direito de Resistência - "Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública."

   

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

"A Noite em que Conheci Einstein"

        Sempre que se inicia um ano letivo, dou comigo a pensar na importância das minhas ações enquanto professor e como elas podem influenciar positivamente ou negativamente a vida de cada um dos meus queridos alunos. Um pequeno gesto, um pequeno sopro, um pequeno momento, poderá ser um "click" para o despertar de um talento ou de uma capacidade adormecida e ainda não explorada. Deixo aqui um relato de Jerome Weidman, escritor, argumentista e dramaturgo, vencedor do Prémio Pulitzer. Escreveu o libreto para o musical "I Can Get It for You Wholesale" que marcou a estreia de Barbara Streisand na Broadway. Faleceu em 1998. Provavelmente, o mundo nunca o teria conhecido, se não fosse aquela noite passada com o génio Albert Einstein...

        "Quando eu era um jovem adulto, ainda a começar o meu percurso, fui convidado para jantar em casa de uma distinta filantropa de Nova Iorque. Depois de jantar, a nossa anfitriã levou-nos a um enorme estúdio. Outros convidados chegavam, e os meus olhos contemplaram duas coisas preocupantes: serviçais arrumavam cadeiras pequenas em filas direitas e longas, e em frente, contra a parede, estavam encostados instrumentos musicais. Aparentemente estava-me destinado um serão com música de câmara. Uso a palavra "destinado" porque a música não significava nada para mim. Tenho um péssimo ouvido para a música - só com grande esforço consigo cantar mesmo a música mais simples, e a música séria era para mim nada mais que um conjunto de barulhos. Por isso, fiz o que sempre fazia quando era apanhado numa armadilha, sentava-me e fixava a cara naquilo que esperava que fosse uma expressão de inteligente apreciação, fechava os ouvidos por dentro e submergia-me nos meus próprios e irrelevantes pensamentos.
        Passado um pouco, apercebendo-me que as pessoas à minha volta aplaudiam, concluí que era seguro abrir os ouvidos. Imediatamente ouvi uma suave mas surpreendentemente penetrante voz à minha direita: "Gosta de Bach?".
        Sabia tanto de Bach como sei de fissão nuclear. Mas sabia reconhecer um dos mais famosos rostos do Mundo, com o famoso halo de cabelo branco despenteado e o cachimbo sempre entre os dentes. Estava sentado ao lado de Albert Einstein.
        "Bem", disse eu desconfortavelmente, hesitando. Tinha-me feito uma pergunta casual. Tudo o que precisava de fazer era dar uma resposta casual. Mas podia ver pela extraordinária expressão dos olhos do meu vizinho que ele não estava meramente a dedicar-se aos deveres superficiais da cortesia básica. Independentemente do valor que eu desse à minha participação na troca de palavras, para este homem a sua parte importava bastante. Acima de tudo, conseguia sentir que este era um homem a quem não diziam mentiras, por pequenas que fossem.
        "Não sei nada de Bach!" disse desajeitadamente. "Nunca ouvi nenhuma música dele".
        Um olhar de espanto e perplexidade atravessou a expressiva cara de Einstein.
        "Nunca ouviu falar de Bach?"
        Dito por ele, soou como se eu tivesse dito que nunca tinha tomado banho.
        "Não é que eu não queira gostar de Bach", retorqui apressadamente. "É que sou duro de ouvido quase completamente, e nunca ouvi realmente a música de ninguém".
        Um ar de preocupação tomou-lhe conta do rosto. "Por favor", disse ele abruptamente. "Pode vir comigo?". Levantou-se e pegou-me no braço. Levantei-me. Enquanto ele me levava pela sala cheia, mantive o meu olhar embaraçado fixo na carpete. Um murmúrio de especulação crescente seguiu-nos até ao corredor. Einstein não lhe prestou atenção.
        Resolutamente, levou-me escada acima. Obviamente, conhecia bem a casa. No primeiro andar, abriu a porta de uma pequena biblioteca., fez-me entrar e fechou a porta.
        "Agora", disse ele com um pequeno e preocupado sorriso, "Vai dizer-me, por favor, há quanto tempo se sente assim acerca da música?"
        "Toda a minha vida", disse, sentindo-me terrivelmente. "Gostava que voltasse lá para baixo e ouvisse, Dr. Einstein. O facto de eu não apreciar não é importante."
        Einstein abanou a cabeça e ignorou-me, como se eu tivesse dito algo irrelevante.
        "Diga-me por favor", disse. "Há algum tipo de música de que goste?"
        "Bem", respondi, "gosto de canções que têm letras do tipo de música em que posso seguir a melodia".
        Ele sorriu e acenou, obviamente agradado. "Pode dar-me um exemplo, talvez?"
        "Bem", arrisquei, "Quase tudo de Bing Crosby".
        Ele acenou novamente com vivacidade. "Ótimo!"
        Foi até um canto da sala, abriu um fonógrafo e começou a tirar discos. Eu olhava-o pouco à vontade. Finalmente, exclamou: "Ah!".
        Pôs o disco a tocar, e em momentos o estúdio ficou preenchido pelas notas calmas e descontraídas de Bing Crosby em "When the Blue of The Night Meets The Gold of The Day". Einstein sorriu para mim e marcou compasso com o cachimbo. Depois de três ou quatro versos parou o fonógrafo.
        "Agora", disse. "É capaz de me dizer o que acabou de ouvir, por favor?"
        A resposta mais simples parecia ser cantar os versos. Fiz isso mesmo, tentando desesperadamente não desafinar e evitar que a minha voz falhasse. A expressão no rosto de Einstein era como o nascer do sol.
        "Está a ver!", exclamou, deliciado, quando acabei. "Afinal tem ouvido!".
        Balbuciei qualquer coisa acerca de aquela ser uma das minhas canções preferidas, que eu já tinha ouvido umas centenas de vezes e por isso não provava nada.
        "Disparate!", disse Einstein. "Isto prova tudo! Lembra-te da primeira lição de aritmética na Escola? Imagine que ao primeiro contacto com os números a sua professora lhe tivesse dado para resolver um problema, por exemplo, de frações ou divisões longas. Acha que teria conseguido?"
        "Não, claro que não."
        "Precisamente!" Einstein fez um gesto triunfante com o cachimbo. "Pareceria impossível e teria reagido em pânico. Você fecharia a sua mente a frações e divisões longas. E resultado disso, por causa de um pequeno erro da sua professora, é possível que para o resto da sua vida lhe seja negada a beleza das frações e divisões longas".
        O cachimbo subiu e desceu numa nova onda.
        "Mas no seu primeiro dia nenhum professor seria tão tolo. Começaria por coisas elementares - depois, quando tivesse adquirido a competência com os problemas mais simples, introduzi-li-ia às divisões longas e às frações. Com a música também é assim". Einstein pegou no disco de Bing Crosby. "Esta canção simples e encantadora é como a adição ou subtração simples. Você já a domina. Agora, vamos para qualquer coisa mais complicada."
        Escolheu outro disco e colocou-o a tocar. A voz dourada de John McCormack cantando "The Trumpeter" encheu a sala. Depois de alguns versos, Einstein parou o disco.
        "Então!", disse. Pode cantar-me isto, por favor?"
        Cantei - com uma boa dose de embaraço mas, para mim, com um razoável grau de precisão.
        Einstein olhou para mim com uma expressão que apenas tinha visto uma vez antes na minha vida. No rosto do meu pai, que me ouviu recitar o discurso de despedida na cerimónia de graduação do meu liceu.
        "Excelente!", exclamou Einstein quando acabei. "Maravilhoso! Agora isto!"
        "Isto" era Caruso no que era para mim um trecho completamente irreconhecível da "Cavalleria Rusticana", uma ópera de um só ato. Ainda assim, consegui reproduzir uma aproximação aos sons que o famoso tenor fazia. Einstein sorriu em aprovação.

Jerome Weidman
        Caruso foi seguido por, pelo menos, uma dúzia de outros. Não conseguia afastar o meu sentimento de assombro por este homem, em cuja companhia tinha sido colocado pela sorte, estar completamente preocupado pelo que estávamos a fazer, como se eu fosse tudo o que lhe interessava.
        Chegámos finalmente às gravações sem palavras, que fui instruído a repetir trauteando. Quando eu chegava a uma nota solta, a boca de Einstein abria-se, e a sua cabeça ia para trás como a ajudar-me a conseguir o que parecia inatingível. Aparentemente, cheguei suficientemente perto, porque de repente ele desligou o fonógrafo.
        "Agora, meu jovem" disse, dando-me o braço. "Estamos prontos para Bach"!
        Quando voltámos para os nossos lugares, os músicos preparavam-se para uma nova seleção musical. Einstein sorriu e deu-me uma palmada de conforto no joelho.
        "Permita-se ouvir apenas", sussurrou. "É tudo".
        Não era mesmo tudo, claro. Sem o esforço que ele tinha feito por um perfeito estranho, eu nunca teria ouvido, como ouvi naquela noite pela primeira vez na minha vida, "Schafe Könen Sicher Weiden". Ouvi-a muitas vezes desde então. Não creio que alguma vez me canse de a ouvir. Porque nunca a escuto sozinho. Ao meu lado, está um homem pequeno redondo, com um halo de cabelo branco despenteado, de cachimbo apagado entre os dentes, e os olhos que contêm no seu extraordinário calor, todas as maravilhas do Mundo.
        De súbito, a nossa anfitriã falou connosco. "Lamento, Dr. Einstein, que tenha perdido tanto da sessão."
        Einstein e eu levantámo-nos rapidamente. "Lamento também", disse. "O meu jovem amigo e eu, no entanto, estivemos ocupados na melhor atividade de que o homem é capaz."
        Ela pareceu intrigada. "A sério?", disse. "E qual é?".
        Einstein sorriu e colocou o braço por cima dos meus ombros. E a seguir disse oito palavras que - pelo menos para uma pessoa que lhe tem uma dívida eterna - são o seu epitáfio: "Abrir mais um fragmento das fronteiras da beleza.""

                                                                          in Selecções Reader´s Digest de Julho de 2012